Inês Montenegro nasceu em Novembro de 1988, na cidade do Porto, Portugal, onde estuda actualmente. Licenciada em Direito, frequenta agora no curso de Línguas, Literaturas e Culturas, vertente Português/Inglês. Entre os seus hobbies encontra-se o gosto pela escrita e a ânsia da leitura, que abrange vários géneros, sendo, no entanto, indo as suas preferências para a Fantasia e o Romance Histórico. Em termos de publicações, tem vários contos espalhados entre Portugal e Brasil - já a escrita, a maioria fica-se pela gaveta.
Marcelina G. Leandro: Será que nos queres falar um pouco de ti?
Inês Montenegro: Querer, querer… Posso colocar a cópia do meu CC em vez da resposta? Não?
Oh, well… Nasci no Porto, fui criada em Lamego, e voltei à “Inbicta” para
estudar já vão uns sete anos. Aparentemente gosto muito de estudar, desde que
sejam matérias diversas. Tenho a sorte de uma família que não só me passou
dois grandes gostos, como forneceu e fornece os meios para os aproveitar: ler
e viajar. Também me deram um nome comprido que dói, é divertidíssimo ver
a cara das pessoas quando tenho preencher formulários com os apelidos todos.
Oh, e não se pode falar de mim sem mencionar chocolate, mitologia greco-
romana e Harry Potter. A personalidade fica ao vosso critério.
MGL: Licenciaste-te em Direito e decidiste inscrever-te em Línguas,
Literaturas e Culturas, a escrita teve alguma influência nesta decisão?
IM: Alguma, mas foi muito mais culpa da leitura, a salafrário A verdade é que
quando acabei o décimo segundo ano não sabia o que fazer da vida. Direito
pareceu a melhor opção porque era o curso, dentro de Humanidades, que
oferecia um maior leque de possibilidades depois de terminado o curso –
infelizmente o plano caiu por terra quando quase no fim do curso me apercebi
que ia ser uma infeliz a vida toda caso fosse obrigada a lidar com aquelas
questões numa base diária, além de que Direito é uma área que envolve estudo
constante. Até posso vir a ser uma infeliz crónica de qualquer maneira, mas
tenho um certo gosto em não determinar já isso.
No entanto, saber que determinada área não é a nossa melhor escolha não
implica que saibamos de imediato qual a é. Estive cerca de ano e meio para
me aperceber que a edição era opção, e provavelmente a melhor para mim –
já lia livros e manuscritos com atenção ao que tinham de melhor, ao que ainda
precisavam de mudar, e como o fazer. Naturalmente que nem nessa altura nem
agora o faço a um nível profissional, mas irei chegar lá.
MGL: Tens tido bastante sucesso em concursos no Brasil, onde foste
seleccionada para várias antologias. E em Portugal, consegues a mesma
percentagem de publicações, visto também haver menos antologias?
IM: Não só há menos antologias – o que é natural, são países de geografia e
nível populacional muito diferentes – como eu participo menos nelas. Em
relação às antologias que se têm lançado, é mea culpa, que não acabo os
contos a tempo. Os concursos são outra conversa: a política de ter de enviar
X cópias impressas do conto submetido é um critério que quase sempre me
leva a colocá-los de lado. Ficam-me as revistas, como a Fénix e a Nanozine,
e publicações como a Lusitânia, graças às quais julgo poder responder
afirmativamente à questão.
MGL: Qual será a fase seguinte? Acabar licenciatura, escrever um livro?
IM: Tenho um objectivo a longo prazo, mas as fases faço-as mais curtas – por
enquanto é aproveitar esta licenciatura de modo diferente de como aproveitei
a primeira, e acabá-la com um dos anitos feito no Reino Unido (que é o
mesmo que dizer, quero fugir para Erasmus).
Escrever um livro que fique minimamente decente seria uma vitória, mas
suspeito que terei a cartola e a bengala de finalista antes de chegar a meio da
pesquisa… Porque ideia já há, bem como o esqueleto. A pesquisa é que enfim,
é essencial e tem sofrido adiamentos.
MGL: Queres referir algo que te pareça importante mencionar e deixar
aqui algum contacto?
IM: Se houver alguma coisa importante de mencionar, só me lembrarei
quando a entrevista estiver publicada – é assim que funcionam os
meus genes memoriais (obrigada, herança familiar!). Como contacto
fica a conta no Goodreads, ou o blog.
Se os quiserem usar para combinar envio de chocolates ou transferências
bancárias, seria uma pessoa feliz (bem como uma habitante de outra
dimensão, provavelmente). Se, pelo contrário, pretendem espalhar pozinhos
de spam, tenho um exército de macacos alados à espera das minhas ordens.
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