Embora compreenda a relevância de uma publicação desta natureza ter variedade e por muito que aprenda nos artigos e entrevistas (sendo inegável que o faço), repito o que já disse em opiniões sobre suportes do mesmo género: leio-os pelos contos. Nesta publicação existem quatro, nomeadamente:
“O Navio de Teseu” por Carlos Silva, onde experienciamos a angústia de um robot senciente sozinho em Marte, que se vê a braços com um dilema. 3,6 Estrelas.
“Natal em Little Town” por João Ventura, uma narrativa sobre o perpétuo conflito entre tradição e mudança (estado a última, neste caso, emersa em padronização), num futuro não muito distante. 3 Estrelas.
“O Factor Genético” por Romeu de Melo. Reduzidos a uma espécie em vias de extinção em cativeiros, os humanos são estudados por uma cultura alienígena com a qual possuem uma certa afinidade, sendo este ambiente externo utilizado pelo autor para analisar e criticar os actos da Humanidade. 3,8 Estrelas
“Floresta de Homens” por Valquer Marques, aborda diversos temas como crio-preservação, religião, e perda de inocência, exposto no ambiente banal do quotidiano de uma família. 2,5 Estrelas.
Adorei a capa e a contracapa por Hauke Vagt; a nível pessoa gostei muito do conto de Carlos Silva; intelectualmente adorei o de Romeu de Melo; não gostei da “lição” no de João Ventura, mas valorizo o modo como ela foi exposta e acho que o de Valquer Marques poderá ser utilizado para explicar certos princípios a um público mais jovem, contudo, não gostei da interacção familiar.
Crítica de Vitor Frazão
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